sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PROVOC AÇÕES


O lema da pedagogia contemporânea do Brasil é, inquestionavelmente, “fazer a diferença”, e o seu grito de guerra, tão cômico quanto os filmes de Charles Chaplin, é o tão famoso “educar para a vida”. O que mais se escuta, dentro de uma sala de aula do curso em questão, são pessoas repetindo, de forma eloquente, tais frases, levando-me a crer que são bandos de papagaios “acorujados”, condicionados por um método pavloviano, que vivem a chalrear chorumelas. Agora eu pergunto: o que significa fazer a diferença? Fazer o que todo mundo faz? Repetir, de modo irracional, a irracionalidade construtivista? Imitar, o mais original possível, Ferreiro e Teberosky? E educar para a vida? Qual o significado real de tal enigma?
Ora, batizaram-me, carinhosamente, de crítico e prepotente, mas há maior prepotência do que “educar para a vida”? É claro que é a vida quem nos educa, e não o contrário, de acordo com as exigências do meio social no qual estamos inseridos.
Portanto, cuidado com os chavões pedagógicos que tanto têm nos enganado: eles não vão nos levar a lugar algum, a não ser, é óbvio, à mediocridade de um ensino cada vez mais fragmentado e desarticulado, mediocridade esta que vem sendo refletida nas avaliações educacionais, tanto em nível nacional quanto internacional, das quais a educação pública brasileira tem participado.
Para fechar com chave de ouro só falta os construtivistas dizerem que têm diploma da vida.

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