O lema da
pedagogia contemporânea do Brasil é, inquestionavelmente, “fazer a diferença”,
e o seu grito de guerra, tão cômico quanto os filmes de Charles Chaplin, é o
tão famoso “educar para a vida”. O que mais se escuta, dentro de uma sala de
aula do curso em questão, são pessoas repetindo, de forma eloquente, tais
frases, levando-me a crer que são bandos de papagaios “acorujados”,
condicionados por um método pavloviano, que vivem a chalrear chorumelas. Agora
eu pergunto: o que significa fazer a diferença? Fazer o que todo mundo faz?
Repetir, de modo irracional, a irracionalidade construtivista? Imitar, o mais
original possível, Ferreiro e Teberosky? E educar para a vida? Qual o significado
real de tal enigma?
Ora, batizaram-me,
carinhosamente, de crítico e prepotente, mas há maior prepotência do que
“educar para a vida”? É claro que é a vida quem nos educa, e não o contrário, de
acordo com as exigências do meio social no qual estamos inseridos.
Portanto,
cuidado com os chavões pedagógicos que
tanto têm nos enganado: eles não vão nos levar a lugar algum, a não ser, é
óbvio, à mediocridade de um ensino cada vez mais fragmentado e desarticulado,
mediocridade esta que vem sendo refletida nas avaliações educacionais, tanto em
nível nacional quanto internacional, das quais a educação pública brasileira
tem participado.
Para fechar
com chave de ouro só falta os construtivistas dizerem que têm diploma da vida.
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