Foi nessa de matar e morrer por você que eu assassinei e
deixei ser assassinado aquilo que mantém a humanidade viva: o sonho.
Pergunto-me quantos estão lá fora, agora, matando e morrendo
por algo que, na sua essência, já nasce morto. Não sei. Mas penso que se você
voltasse, assim, sem mais nem menos, só por voltar mesmo, talvez pudesse
ressuscitar-me da realidade.
Não, não tenho tanta certeza. Foi só um pensamento, mesmo.
Mas, falando sério, se você voltasse, acredito que algo dentro do meu cadáver
poderia também voltar... Quem sabe, até, voltar a viver.
Quem dera que fosse aquilo que a psicanálise diz existir
dentro da gente e que faz-nos sentir a vida pulsar, embora eu não tenha ainda
encontrado, por mais que procure, esse tal de eros que julgam viver dentro de
mim. Mas, se você voltasse, poderíamos até, quem
sabe, aperfeiçoar as teorias freudianas, o seus complexos de castração e de
Édipo, os mecanismos de defesa, refutar e atualizar – cronologicamente falando
– algumas fases psicossexuais postuladas por Sigmund e, em tese, criarmos
a terceira teoria do aparelho psíquico – heureca!
Volta... A ciência
precisa de nós. Eu preciso de você.
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