Ao camarada Cesar Mangolin
Eu conheci um comunista.
Ele tem uma longa barba ruiva
E cabelos encaracolados.
Nunca trocamos muitas palavras,
Apenas, certa vez,
Falou-me de Gramsci e Althusser
E de como aprendera a fazer sabão
Quando estudava em um internato.
Seu discurso soa um tanto pessimista,
Mas a isso o desconto deve ser dado:
Ele estuda o Estado.
E apesar do pessimismo, ele sonha;
Mas veja bem:
Sonha de olhos arregalados!
A mim, ensinou-me muito,
Inclusive a sonhar acordado,
Coisa que eu já havia abandonado.
Não julgo ser necessário dizer mais
nada,
Nem mesmo seu nome,
Muito menos procurar a rima
Para a última linha deste poema
Que acaba aqui.
Você sempre genial , e ainda ensina poeticamente a sonhar.
ResponderExcluirRisos... Genial, não; doido, talvez. É um daqueles poemas que saem assim, sem pedir licença... Coisa de quem não tem o que fazer, risos (até parece). Valeu pelo carinho.
ExcluirLindo. ass: Lane
ResponderExcluirObrigado, meu amor! Saudades!
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