Às
quatro e vinte da madrugada de hoje, três minutos antes do clímax que deixou
minha mão pegajosa e molhada, eu descobri uma verdade absurda, quase que
grotesca, dentro de mim.
Eu
havia acabado de despertar de mais um sonho rotineiro, quando, de repente,
antes mesmo de eu dar corda aos meus devaneios de rapaz solteiro, pensei assim:
“homens como ele não se casam: firmam contratos sociais e tiram férias de si
mesmos”.
A
princípio não dei nenhuma importância a tal verdade absurda, afinal nada me
pareceu ser além de uma simples frase, diria até que um agregado de palavras que no
fundo, no fundo não passam de míseros grafemas e fonemas. No entanto, essas
mesmas míseras unidades gráficas e sonoras, quando contextualizadas, fazem
emergir em mim um punhado de emoções ilusoriamente recalcadas. E é por causa
delas que aqui me encontro novamente: escrevendo para espantar as emoções que
insistem em me perseguir. Escrevo para tentar, inutilmente e mais uma vez,
afastá-las de mim. Escrever foi a
maneira que encontrei para preencher o rombo que ficou depois que ele se foi.
O
que me conforta, porém, é saber que homens como ele não se casam, apenas, como
eu já disse, tiram férias de si próprios.
Boas férias!
Viva a esquizofrenia!!!adorei querido!!!
ResponderExcluirObrigado, Jô.
ExcluirSaudades de você, menina linda. Jamais esquecerei de sua coragem chamando o policial de "fascista", risos, você é demais!
Beijos...